Mercados Alvo do Projeto "Portuguese Food - Information to Export"

Saiba mais sobre Reino Unido, Polónia e Croácia


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O SECTOR AGROALIMENTAR


O sector agroalimentar é um dos que mais tem crescido em Portugal e tem um peso na economia nacional, nomeadamente nas regiões de convergência, muito relevante quer ao nível do investimento em inovação e produtividade, de criação de valor, no emprego cada vez mais qualificado e nas exportações nacionais. Ainda assim, o potencial está longe de se encontrar esgotado e tendo em conta as condições edafoclimáticas que Portugal possui para a produção agroalimentar acreditamos que podemos fazer a diferença. O consumo de produtos agroalimentares esta a aumentar em todo o mundo e é necessário dar resposta uma procura nivelada por critérios que é importante estudar e responder de forma criteriosa e certeira. Traduzindo estas afirmações em números, o setor agroalimentar em Portugal representa 20% da indústria transformadora, é constituído por 10.500 empresas, maioritariamente de pequena e média dimensão, emprega 104.000 trabalhadores e representa um volume de negócios de 14.600 milhões de euros (FIPA, 2015, INE, 2015). Segundo o Gabinete de Planeamento, Política e Administração Geral (GPP) do Ministério da Agricultura e do Mar, o complexo agroalimentar representava em 2012, 4,1% do PIB, 12% do emprego, 8,4% das exportações e 14,4% das importações (GPP, 2013). Trata-se de um setor que contribui, decisivamente, para a internacionalização da economia portuguesa: de acordo com (GPP, 2013), o crescimento médio das exportações do complexo agroalimentar foi de 7,9%, claramente superior à taxa de crescimento médio anual das exportações de bens que se cifrou em 3,4%. Estes dados mostram, claramente, a importância do setor agroalimentar na economia portuguesa, havendo, ainda, potencial de crescimento torna-se necessário definir os vetores sobre os quais deve assentar a construção das vantagens competitivas.

Em termos da realidade existente, no que respeita aos objetivos centrais e operacionais do presente projeto, e de acordo com o mencionado e disponível por parte dos operadores / entidades que vêm trabalhado algumas destas temáticas, como é o caso da Câmara de Comércio Luso-Britânica, a própria AICEP ou mesmo o organismo Inglês UKTI (UK Trade & Investments), que está associado à Embaixada Britânica, não existe uma informação agregada, simples e de fácil acesso às PME’s, tornando a Grã Bretanha um mercado de alguma forma longínquo em termos de penetração das empresas portuguesas. A mesma realidade encontramos na Polónia, onde a informação se encontra dispersa entre a câmara de comércio, o Departamento de Promoção do Comércio e do Investimento da Embaixada da República da Polónia em Lisboa, a embaixada de Portugal na Polónia e ainda a agência de investimento polaca. De referir que o governo polaco tem o “Portal de Promoção das Exportações” (https://portugal.trade.gov.pl/pt) onde começa a reunir informação sobre as relações co os mercados externos, incluindo Portugal, mas continua sem o nível de especificidade necessário à tomada de decisão dos empresários. No que à Croácia diz respeito estamos perante um mercado em desenvolvimento na Europa, ainda muito pouco explorado pelas empresas nacionais e como tal a informação ainda é reduzida e o conhecimento através da experiência é insuficiente. Neste mercado as oportunidades existem em diversos sectores, sedo necessário a sua clara identificação.

 

Em termos práticos, muito sucintamente e de acordo com as últimas informações disponíveis, quer pela AICEP, INE - Instituto Nacional de Estatística, Banco de Portugal, quer por outras entidades, temos o seguinte cenário.

 

Reino Unido

 

Do lado das exportações portuguesas:

  • Os três principais mercados que Portugal exporta (acumulado de bens e serviços), de acordo com os últimos elementos emanados pela AICEP, referentes às transações de janeiro a agosto de 2015) são Espanha, que representa 20,5% das exportações, seguido de França, com 12,7% e Alemanha, com 11%;
  • Dentro da mesma análise (acumulado de bens e serviços), o Reino Unido aparece em 4º lugar, representando 9,2% das exportações portuguesas;
  • No que respeita somente a bens, e dentro do mesmo intervalo de análise, o Reino Unido aparece em 4º lugar, representando aqui somente 6,5€ das exportações de Portugal;
  • Ao nível do investimento português no estrangeiro, o Reino Unido não aparece sequer nos primeiros 5 países;
  • No que se refere ao comércio de bens, em 2013, o Reino Unido estava no 5º lugar enquanto cliente de Portugal (5,5% do total exportado) e o 7º lugar como fornecedor (2,9% do total importado).

 

Tem de facto havido uma crescente atividade em termos de transações de Portugal para o Reino Unido, mas ainda muito aquém das potencialidades daquele mercado, tanto mais que, e em termos globais, Portugal só representa cerca de 0,5% das importações do Reino Unido.

 

Em termos dos produtos alimentares, referente a 2013, as exportações portuguesas representam cerca de 7,3% do total das exportações de bens, de Portugal para o Reino Unido. 

Sendo um dos principais objetivos do presente projeto o desenvolvimento de informação e de instrumentos facilitadores e capacitadores das empresas portuguesas no que respeita à definição de estratégias e modelos de comercialização e de distribuição, potenciadores do desenvolvimento de atividades comerciais para o Reino Unido, será de relevo dar nota de que, esta zona económica, de grande proximidade com Portugal, tem bastantes maiores potencialidades que outros mercados onde Portugal tem vindo, ou por questões de proximidade (ex: Espanha) ou por questões linguísticas (ex: Angola), onde as possibilidades de retorno são de alguma forma menores, se não vejamos:

  • O Reino Unido apresenta uma população de cerca de 64,1 milhões de habitantes (estimativa meados 2013), quando Espanha apresenta cerca de 46 milhões habitantes (2014) e Angola cerca de 24,3 milhões (censos 2013), o que faz com que o mercado do Reuni Unido seja 3 vezes maior do que o Angolano e cerca de 1,5 vezes maior que o de Espanha;
  • A par disto, Londres apresentava em agosto de 2013 cerca de 8,3 milhões habitantes, estimando-se que a grande zona urbana de Londres ultrapasse hoje os 10 milhões de habitantes, ou seja, superior à população de Portugal
  • Ainda nestas perspetivas, e em termos de PIB per capita (em PPP), o Reino Unido apresenta estimativas para 2015 de 41.353 (USD) e em 2016 de 42.631, sendo que Espanha apresenta, para os mesmos anos, estimativas de 23.700 e 22.884 USD, e Angola 4.320 e 4.170 USD, nomeadamente

 

Só por estes factos se constata que o Reino Unido apresenta não só um mercado de consumo bastante mais significativo com outros mercados de relevo para as exportações portuguesas, como apresenta, indicadores de enorme relevo, como é o exemplo de ser considerada a 9ª economia mundial em termos de Facilidade Negócios (Rank no Doing Business Rep. 2014), a 10ª ao nível da Transparência (Rank no Corruption Perceptions Index 2013) e a 14ª em termos de Ranking Global (EIU, entre 82 mercados), para além de ser a 7ª maior economia mundial e a 3ª da União Europeia, onde foi também o 6º maior importador mundial (3º europeu) em 2013 e o 8º exportador mundial (4º europeu).

 

Ainda para validar as ainda enormes potencialidades existentes para as empresas portuguesas, e o campo de trabalho que ainda é possível, constatasse que o número de empresas portuguesas que exportam para o Reino Unido são cerca de 2.636, quando para Espanha temos cerca de 5.273 e para Angola na ordem das 9.438, de acordo com os dados do INE referente ao ano de 2014.

 

Este facto, e de acordo com o levantamento de informação junto de alguns dos organismos governamentais (ex: UKTI) ou associativos (ex: Portugalfresh, AIP), bem como algumas PME’s portuguesas apontam para as seguintes razões, de optarem por mercados como Espanha ou Angola em detrimento do Reuno Unido:

  • Lacunas ao nível da informação disponível e do conhecimento de acesso ao mercado do Reino Unido, principalmente por a informação estar dispersa e de haver alguns entraves em termos de qualificação ou de certificações exigidas pelo próprio mercado;
  • Por o Reino Unido ser um mercado de alguma forma muito seletivos, onde o nível de preparação e de maturação das empresas portuguesas ainda não atingiram ou julgam muitas das vezes não estarem preparadas para levar a cabo;
  • Por não ser um mercado tradicional português, ou pela questão de proximidade vs. mercados com histórica presença de comunidades portuguesas (ex: Espanha, França e Alemanha), ou por outro lado por questões linguísticas (exemplo da preferência pelo mercado Angolano)

 

Por outro lado, e das diversas reuniões tidas, se constata a enorme potencialidade e as necessidades do mercado, sem que haja uma procura por parte das PME’s portuguesas condicente ou de acordo com essas mesmas potencialidades, tanto mais que:

  • De acordo com reunião e apresentação tida por parte da UKTI / Embaixada Britânica, existem lacunas e muitas potencialidades no mercado do Reino Unido por exemplo nos setores da construção, produtos alimentares, em serviços especializados e bens específicos como as TI;
  • Por outro lado, e das visitas de levantamento de oportunidades que a AAPI tem vindo a desenvolver junto do mercado do Reino Unido, e quer da constatação in loco, quer por via da delegação da AICEP em Londres, as referencias às grandes oportunidades do Reino Unido são coincidentes com as mencionadas pela Embaixada Britânica em Portugal, dando enfoque ao setor da construção, em toda a sua cadeia de valor (menos a vertente de serviços de arquitetura), ao setor alimentar, principalmente para produtos acabados e de valor acrescentado, bem como as tecnologias de informação, por via do crescimento da economia e da grande absorção por parte dos consumidores.

 

Ainda nas perspetivas de análise económicas, o Reino Unido apresenta uma tendência de crescimento real do PIB de 2,5% em 2015 e de 1,8% em 2016 (o ano de 2013 foi marcado por um crescimento do PIB de 1,7%, impulsionado em grande parte pelo consumo privado), sendo que, e em comparação com Espanha, esta apresenta, para os mesmos anos, 2,6 e 2,1, e Angola, 2,9 e 4,4%.

 

Em termos de taxa de desemprego média, a tendência do Reino Unido é haver uma diminuição, onde se prevê que em 2015 se atinga os 6% e em 2016 os 5,6%.

 

Em termos de fornecedores do Reino Unido, Portugal ocupava a 38ª posição, correspondendo a uma quota de 0,5% o que releva para o elevado potencial deste mercado para as empresas portuguesas e que ainda não está minimamente explorado.

 

A economia do Reino Unido compreende uma ampla gama de diferentes setores que têm vindo a evoluir ao longo do tempo, tendo havido uma mudança significativa na sua estrutura, principalmente respeitante à passagem da indústria para os serviços, em especial para os de conhecimento intensivo, tais como os relacionados com o setor financeiro, serviços de apoio aos negócios e novas tecnologias de informação.

 

Desta forma, a estrutura da composição do PIB em 2013, por setores, foi a seguinte de 0,7% para o setor da agricultura, a indústria com 20,5% e os serviços com78,9%.

 

Conforme referido anteriormente, uma das grandes barreiras à penetração de empresas portuguesas no mercado do Reino Unido deve-se ao facto de haver:

  • Um grande nível de exigência no controlo da qualidade dos produtos, onde aqui a informação e a capacitação das empresas portuguesas tem um grande peso e onde se pretende incidir ao nível do presente projeto;
  • A exigência de produção em grandes quantidades nem sempre é compatível com as capacidades de produção da indústria portuguesa, o que, e pelo presente projeto, e de acordo com os modelos de distribuição ou de cooperação, se poderão fazer face a este desafio;
  • Os investimentos normalmente são avultados, quer por ser uma mercado em si dispendioso, o que, e através dos modelos de distribuição a desenvolver no presente projeto, quer pelo potenciar de estabelecimento de redes de cooperação, se poderá minimizar esta barreira.

 

 

Por outro lado, os compradores ingleses estão habituados a que venham vender-lhes “à porta”. Ou seja, a concorrência é grande e são muitas as iniciativas de promoção que têm lugar no país, pelo que nem sempre estão interessados em ir visitar potenciais fornecedores. São estes que, por regra, se deslocam ao Reino Unido, participam em feiras e exposições, fazem publicidade e promoção. É, assim, necessário, visitar o mercado regularmente e com persistência.

Desta forma, mais desafios se deparam as empresas portuguesas, que é a definição concreta de estratégias de penetração e de abordagem ao mercado, onde, e com o presente projeto, em termos de boas práticas de comercialização e de distribuição, se pretende colmatar esta lacuna.

 

Por outro lado, e embora os dados económicos das relações bilaterais apresentados (muito sucintamente) supra, Portugal e o Reino Unido têm a mais antiga aliança bilateral do mundo, que remonta ao século XIV; e o fluxo constante de pessoas, comércio e investimento, mantém-se até aos dias de hoje.

 

Da análise mais económica do mercado do Reino Unido e das constatações e levantamentos levados a cabo junto de entidades que operam com o mercado em causa bem como junto de PME’s, se constata de imediato a pertinência de incremento das qualificações das PME’s em relação o presente mercado e então dessa forma se consigam posicionar no sentido de melhor abordagem e de potenciar sucesso de penetração no mesmo.

 

Por outro lado, e sendo que, fruto do levantamento efectuado  e supra citado, o presente projeto vai nesta sua primeira fase de encontro ao setor agro-aliementar, agro-industria e dua cadeia de valor, será importante referir que e em termos de posicionamento destes setores em termos de políticas públicas portuguesas de apoio, para o período de 2014-2020 são:

  • De acordo com o Gabinete de planeamento e políticas, a internacionalização (o termo é usado no seu sentido mais amplo) das empresas agroalimentares assume, no contexto da estrutura da economia portuguesa e na atual conjuntura de dificuldades, uma importância relevante, porquanto: a) as exportações são, para o perfil da economia e para a situação de conjuntura de crise, essenciais ao crescimento; b) as indústrias agroalimentares têm um significativo efeito multiplicador em termos económicos, sociais e territoriais e uma matriz intrassectorial única; c) a taxa relativamente baixa de incorporação de matéria-prima nacional perspetiva oportunidades de crescimento importantes para a agricultura, d) em alguns subsetores de relevância para a agricultura, face à relativa reduzida dimensão do mercado interno, veja-se o caso do vinho e a potencial situação do azeite, o mercado externo é estrutural; e) a necessidade de encontrar alternativas de mercado face à distribuição em Portugal.

 

Ainda de acordo com as políticas atrás emanadas, estas assentam a sua argumentação nos seguintes objetivos estratégicos:

  • Promover mecanismos de suporte às empresas, e de facilitação dos negócios através de instrumentos de financiamento (investimento e crédito) adequados e eficientes, que contribuam para aumentar a capacidade concorrencial das empresas, onde se insere alguns dos objetivos centrais do presente projeto
  • Investir na pesquisa de conhecimento tecnológico, de inovação e de mercado e na partilha e acessibilidade a esse conhecimento pelas empresas, o que vai totalmente de encontro ao pretendido com o presente projeto, nomeadamente no que respeita à inovação das estratégias comerciais, dos canais de distribuição e do conhecimento mais aprofundado de um determinado mercado

 

Portugal assume pois como prioritária a reafirmação da importância estratégica do setor agroalimentar para a economia nacional, enquanto setor produtor de bens transacionáveis, sendo dado particular relevo aos instrumentos de política pública que contribuem de forma determinante para o apoio ao investimento, promovendo a competitividade e a sustentabilidade do setor agroalimentar, incentivando-se o empreendedorismo, a renovação das gerações e o melhor posicionamento no mercado e na cadeia de valor.

 

 

As características específicas do projeto em causa permitem antever um crescimento significativo da internacionalização das empresas dos setores identificados. Em primeiro lugar, este crescimento conseguir-se-á pelo maior conhecimento do mercado em causa, das suas necessidades e das formas de penetrar no mesmo. Como consequência, a inovação que será necessária para aproveitar as oportunidades identificadas, permitirá também uma maior diversificação para este mercado, dos quais as empresas deste setor, ou sub-setores, podem atuar no futuro, sendo um benefício colateral ao projeto.

 

Por tudo o supra referido, e resumidamente:

  • O mercado do Reino Unido é um dos mercados com maior potencial para o setor de intervenção do projeto e que ainda está muito aquém de estar devidamente explorado pelas empresas portuguesas;
  • É um mercado de proximidade e serve normalmente como “catapulta” para outros mercados, onde se insere de imediato os que integram o universo dos países pertencentes à Commonwealth;
  • Por outro lado, essas mesmas empresas portuguesas apresentam défices de conhecimento do mercado e de processos internos que lhes permitam uma efetiva e correta abordagem a esse mercado;
  • O setor em causa é um dos considerados como prioritários pelo Estado Português enquanto potencial de desenvolvimento e como capaz de criar mais valias para a economia portuguesa, quando internacionalizado

 

Desta forma, a pertinência de desenvolver um projeto que permita capacitar e qualificar as empresas portuguesas, neste setor, por forma a que se potencie a abordagem consistente e eficaz a um mercado de tão elevado potencial, é demais pertinente e de prioridade célere.

 

 

 

Polónia

A Polónia é um mercado de 40 milhões de habitantes que tem vindo a registar um dos maiores crescimentos económicos, revelando resistência aos choques internos e sobretudo externos, que têm afetado a economia global.

A Polónia tem apresentado uma tendência de crescimento ao nível de IDE, principalmente dirigido a setores mais tecnológicos, assim como tem recebido grandes apoios financeiros da União Europeia.

Em suma, a Polónia apresenta-se como um mercado com crescimento sustentado, apesar da instabilidade da União Europeia. A Polónia é, neste momento, classificado pelas agências de Rating com BBB, sendo a sua moeda o Zloti.

As principais forças deste mercado são:

-mercado de grande dimensão com situação geográfica estratégica;

-Pode servir de porta de entrada para outros mercados vizinhos, como por exemplo o mercado Russo;

-Voos diretos da TAP (Lisboa-Varsóvia) cinco vezes por semana, que permite uma fácil ligação dos empresários portugueses à Polónia;

-Facilidade de deslocações internas no país, em face do code sharing existente entra a TAP e a LOT;

-Harmonização Legislativa e regulamentar no quadro da União Europeia

-Recursos humanos qualificados, bons trabalhadores e rigorosos

-População jovem domina a língua inglesa

-forte apetência do consumidor feminino por moda

-comportamento dos centros comerciais semelhantes aos padrões ocidentais

-imagem favorável de Portugal e dos portugueses

 

Principais fraquezas do mercado:

-Multiplicidade de normas e regulamentos, dificultando a celeridade das decisões

-cedência de crédito pela banca polaca, só após um ano de atividade da empresa no mercado

-diplomacia económica muito ativa por parte dos países concorrentes de Portugal

-Forte concorrência dos players internacionais, incluindo oriundos da China e da Coreia do Sul

-Infraestruturas rodoviárias e ferroviárias deficientes

-distâncias geográficas muito acentuadas entre as principais cidades

-desconhecimento das vantagens comparativas de alguns produtos portugueses ao nível de preço, qualidade e aspetos técnicos

Em termos da posição e quota de Portugal no Comércio Internacional de Bens da Polónia destaca-se o seguinte:

-Portugal é o 38º maior fornecedor da Polónia, com uma percentagem de 26%. Essa percentagem mantém-se inalterada desde 2011

-Portugal é o 33º maior cliente da Polónia, com uma percentagem de 38%. Essa percentagem tem sofrido alterações, salientando-se um aumento de 5 p.p de 2013 para 2014 e de 1 p.p de 2014 para 2015;

Analisando as relações comerciais ao nível de produtos alimentares entre a Polónia e Portugal verifica-se o seguinte:

- Portugal aumentou entre 2011 e 2015 as exportações alimentares para a Polónia de 17.3 Milhões para 37,4 Milhões, representando um aumento de 116%, o que reflete o potencial enorme da Polónia para o setor agroalimentar português.

-Em 2011 as exportações para alimentares para a Polónia representavam 4.3% do total de exportações para esse mercado. Esse valor cresceu para 6.8% em 2015

-As importações da Polónia, em termos de Produtos Alimentares, cresceram de 18.4 Milhões em 2011 para 21.7 Milhões em 2015

-Em 2011 os produtos alimentares exportados da Polónia representavam 4.5 do seu total de exortações para Portugal, tendo essa percentagem reduzido em 2015 para 3.7%

-Entre janeiro e junho de 2015, as exportações alimentares de Portugal para a Polónia foram de 20.5 Milhões de Euros. Já no período homólogo de 2016, foram de 18.5 Milhões de Euros. Esta informação realça alguma instabilidade do Mercado, pelo que o projeto aqui apresentado assume uma grande importância para potenciar o aumento do volume de exportações para a Polónia de forma sustentada.

 

Ao nível global, os principais produtos exportados para a Polónia são:

- as pastas químicas de madeira, à soda ou ao sulfato, exceto pastas p/dissolução, que aumentou entre 2014 e 2015 73.8%

-Partes e acessórios dos veículos automóveis

-Os vinhos encontram-se posicionados na 7ª posição, tendo registado um aumento de 19.9 % de exportações entre 2015 e 2016

Analisando a posição e quota no comércio global de bens da polónia destaca-se o seguinte:

-A Alemanha é o seu principal cliente, com uma quota de 27.1%, seguido do Reino Unido com 6.8%

- A Alemanha é também o principal fornecedor com uma quota de 27.6%, seguido da China, Rússia, Países Baixos e Itália. Destaca-se a China e Itália como concorrentes diretos de Portugal

-os principais produtos exportados são as máquinas e equipamentos mecânicos e as máquinas e equipamentos elétricos. Os mais importados são os mesmos produtos, no entanto com uma percentagem maior de representatividade.

Concluindo, a Polónia apresenta-se como um mercado em crescimento, que dá valor aos produtos portugueses e às empresas portuguesas. Ao nível das exportações portuguesas de produtos agroalimentares verifica-se que existe um enorme potencial por explorar.

Este projeto virá dar um apoio importante aos empresários portugueses na área agroalimentar, permitindo fomentar um aumento sustentável das exportações para a Polónia no curto/médio prazo.

 

Croácia

Atualmente, os sectores do mercado croata mais aliciantes são

-as telecomunicações, que revelam margens de crescimento consideráveis

-os equipamentos médico-farmacêuticos, que têm vindo a sofrer um investimento significativo

-a energia, onde o nível de importação bate os 80%

-no sector agroalimentar o valor de importações é de 70%, em grande parte devido à auto insuficiência na produção de azeite, fruta fresca, legumes, frutos secos e carne de porco e à propensão para a importação de peixe congelado, como o atum, as sardinhas e a cavala. Em 2014 as importações croatas atingiram cerca de 1,9 B €.

Além dos setores já apresentados como pontos fortes do país, o turismo tem sido um dos motores da recuperação e modernização económica da Croácia, constituindo um dos principais alvos de investimento, dado o seu forte potencial e margem de exploração. O Turismo da Croácia beneficia das inúmeras vantagens naturais do país, do seu património cultural e histórico. Com uma relação económica com Portugal com cerca de 23 anos, a Croácia intensifica o elenco de oportunidade ao capital tecnológico, económico e humano português, que se caracteriza pela sua qualidade e excelência.

A Croácia viveu um longo de período de recessão, no entanto, a economia Croata, em 2015, inicia uma época de crescimento progressivo, com um aumento crescente do PIB e consequentemente um incremento de importações e exportações. Em 2013, a Croácia entrou na União Europeia, vendo-se assim beneficiada pelo desbloqueio dos fundos estruturais e europeus e dos fundos de coesão e pela harmonização das leis nacionais e comunitárias que visam a dinamização da economia nacional através de um forte incentivo ao investimento. Esta entrada na EU veio deste modo fornecer-lhes condições estruturais para fomentarem um crescimento sustentável, no entanto, abriu também oportunidades a países como Portugal de aumentarem as suas exportações para esse mercado.

O posicionamento geográfico da Croácia permite o fácil acesso aos mercados vizinhos, resultando com que os produtos nacionais acedam a um mercado regional de 22 milhões de consumidores. A Croácia é neste momento um dos mercados mais aliciantes para investir, devido não só à potencialidade dos setores do turismo, das telecomunicações, agroalimentar e energético, como devido aos fortes incentivos ao emprego, educação, incentivos fiscais e em árias de interesse parcial do Estado, como é o caso do ramo tecnológico, dos serviços de elevado valor acrescentado, do turismo e das indústrias em zonas do país não desenvolvidas.

O investimento mínimo é de 150.000 euros, com a abertura de 5 novos postos de trabalho e para micro-empreendedores 50.000 euros com abertura de 3 novos postos de trabalho.

 Razões para Investir na Croácia

  • Excelente localização e características geográficas;
  • Assinalável potencial humano;
  • Ambiente empresarial favorável;
  • Competitividade de custos;
  • Acessibilidade;
  • Infra-estruturas históricas com grande necessidade de recuperação;
  • Acesso a um mercado com mais de 4,5 milhões de consumidores;
  • Estabilidade económica;
  • Um país seguro;
  • Membro da União Europeia;
  • Qualidade de vida (segundo a Internacional Living, de entre os países com melhor qualidade de vida, a Croácia ocupa a 18ª posição);
  • Um modo de vida que valoriza tanto os aspectos sociais como económicos.
  • Necessidade de importação de produtos agroalimentares

Ao nível da Balança Comercial de Bens de Portugal com a Croácia destaca-se o seguinte:

-as exportações de Portugal para a Croácia cresceram de 15.4 milhões de euros para 16.4 milhões de euros, correspondendo a uma variação de 3%

-Entre janeiro e agosto de 2015 Portugal exportou 10.5 milhões de euros, em período homólogo de 2016 exportou 16.1 milhões de euros, representando um aumento de 53.5%

-ao nível de importações aumentaram de 10.1 milhões de euros em 2011 para 45.3 milhões em 2015, representando um aumento de 95.2%

-Entre janeiro e agosto de 2015 Portugal importou 26.8 milhões de euros, em período homólogo de 2016 importou 30.4 milhões de euros, representando um aumento de 13.7%

Verifica-se que existem boas relações comerciais entre a Croácia e Portugal, verificando-se um aumento sustentável das exportações desde 2011. O facto de entrarem na União Europeia torna-os num mercado ainda mais apelativo. No que se refere ao setor agroalimentar, este apresenta uma enorme potencialidade para os produtos portugueses, dada a escassez desses produtos que a Croácia apresenta.

Analisando ao nível de produtos Agrícolas e Alimentares destaca-se o seguinte:

-as exportações portuguesas cresceram de 0.9 milhões de euros para 1.3 milhões em 2014, no entanto desceram para 0.6 em 2015, o que revela a necessidade de apoio aos empresários do setor agrícola para conseguirem conquistar quotas de mercado na Croácia

-as exportações de produtos alimentares cresceram de 0.2 milhões de euros para 0.4 milhões de euros em 2015. Apesar do aumento ser de 50%, existe ainda uma enorme quota de mercado por explorar pelos fornecedores portugueses

-As importações portuguesas de produtos agrícolas da Croácia cresceram de 0.1 milhões de euros para 1 milhão de euros em 2015

-ao nível dos produtos alimentares, as importações portuguesas de produtos alimentares manteve-se de 2011 para 2015 nos 0.1 milhões de euros.

 

Nas exportações portuguesas para a Croácia, ao nível do setor agroalimentar destaca-se o Tabaco, Preparações de produtos vegetais, Leite e laticínios, ovos e mel. Destacam-se ainda outros produtos de origem animal e preparações à base de cereais (exemplo: Preparações alimentícias diversas Bebidas, líquidos alcoólicos e gorduras e óleos animais ou vegetais Produtos hortícolas Café, chá, mate e especiarias  e outros).

A um nível global, verifica-se que desde 2011, Portugal apresenta um volume de exportações para a Croácia superior ao volume de importações, nomeadamente:

-entre 2011 e 2015 Portugal passou de uma exportação de aproximadamente 6.5 milhões de  euros para aproximadamente 5.9 milhões de euros.

-ao nível das importações de Portugal da Croácia, tem se assistido a um aumento constante, passando de aproximadamente 500 mil euros para 2.5 milhões de euros 2015

Em suma, o mercado da Croácia apresenta-se como um mercado de oportunidade para o setor agroalimentar, sendo um mercado por explorar e com potencial para aumentar as importações dos produtos portugueses. O facto de estes não serem autossuficientes em termos de produtos alimentares levanta uma oportunidade enorme para este setor em Portugal.


Este projeto irá permitir apoiar e gerar informação essencial para as empresas portuguesas do setor agroalimentar, dando-lhes ferramentas e informações que lhes permitam conquistar quotas de mercado neste país e fomentarem um crescimento sustentável das exportações. Deste diagnóstico é possível ainda verificar que os mercados do Reino Unido e da Polónia são claramente mercados maduros e que o risco de rejeição dos produtos nacionais é muito reduzido. São mercados para onde já exportamos mas que de facto é essencial reforçar a presença e a imagem dos produtos portugueses para conseguirmos subir na tabela dos fornecedores e conseguirmos fluxos cada vez maiores mas com um nível de estabilidade coerente com o que queremos para estes mercados. Quanto à Croácia é um mercado não tradicional para as exportações nacionais e como tal ainda há muito falta de informação e feedback de investidores neste mercado. Esta questão faz da Croácia um mercado que exige uma abordagem diferente e como tal existirá uma distinção no tipo de investimentos a realizar para a croácia em relação à Polónia e o Reino Unido.

 

 

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